A MAIOR
FLOR
DO MUNDO
Como tudo começou …
Chegadas, um dia de inverno, à escola do
1º CEB de Miranda do Corvo, fomos inesperadamente conquistadas pelas cores,
formas, volumes e até cheiros imaginados, que as salas do 4º ano deixavam escapar
dos conjuntos de flores que profusamente coloriam os espaços. Logo ficámos a
saber que todo aquele colorido, impulsionado pelas professoras, fora obra de
alunos, alunas e respetivos encarregados de educação, para homenagear a obra de
José Saramago, “A Maior Flor do Mundo”, que tinham lido.
Logo nos surgiu a ideia de fotografar
aquele imenso jardim, e nos veio à memória o desafio que o autor, no final da
obra, nos lança: Este era o conto que eu
queria contar. Tenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças.
Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria, e poderão contá-la doutra
maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham
a saber escrever histórias para crianças… Quem sabe se um dia virei a ler outra
vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?...
E desta forma surgiu o pretexto da
escrita, a vontade de registar sobre a forma de acróstico, a partir do título “A
Maior Flor do Mundo”, a poeira da leitura da obra, captando as vivências de
cada aluna e de cada aluno bem como das suas famílias que empenhadamente se mobilizaram
neste jogo de escrita.
Testemunhamos o profissionalismo e empenho
das professoras e confirmamos que, quando bem motivados, docentes, encarregados
de educação, alunos e alunas se envolvem em projetos conjuntos promotores da
literacia, das leituras, da escrita, bem como de outras formas de expressão e
comunicação.
Da parte da biblioteca escolar estamos
gratas por termos também participado nesta construção e de alguma maneira
termos contribuído para fortalecer as dinâmicas à volta da escrita e da
leitura.
Gostaríamos ainda de relembrar que a obra
A MAIOR FLOR DO MUNDO, antes de ser a maior flor do mundo, foi “ História para
Crianças”, uma crónica publicada nos anos 60, no Jornal do Fundão, que integra
a compilação de crónicas “Bagagem do Viajante”.
Aqui fica o testemunho de um trabalho que
vale a pena continuar e certamente servirá de estímulo a muitos outros!
As professoras bibliotecárias: Alice Alves
e Maria José Vale
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